Crônica – "O GRANDE CIRCO CHAMADO BRASIL!"

25/05/2025

Por Vicentinho Almeida
 

Meus amigos,

Acordar no Brasil é como abrir os olhos no meio de um picadeiro. A cada dia, o espetáculo se renova — e a plateia, cansada, continua sendo feita de idiota e palhaça. A gente observa a realidade da população brasileira e se pergunta: será que essa peça tem fim ou estamos presos numa eterna reprise mal dirigida?


Vivemos num verdadeiro show de horrores. A sociedade está doente, mas quem deveria oferecer o remédio — o Estado — está ocupado demais cuidando das próprias feridas... ou das próprias vantagens.


E não é que agora temos famílias formadas por bonecos? Isso mesmo: bonecos de borracha com CPF emocional, RG de pelúcia e plano de saúde até planos de saúde. Mesmo assim ainda são levados a hospitais públicos, em busca de atendimento médico especializado, como se faltassem bebês humanos na fila da emergência. E quando a gente acha que já viu de tudo, vem a tentativa de batizar o pedaço de borracha. Sim, ao invés de procurar um psiquiatra, procuram um padre! Que loucura a mais nos faltar vivenciar?


Nas redes sociais, a guerra ideológica segue firme e, claro, estéril, sem produzir nada para além de ódio e de mágoas. De um lado, os soldados do Lula, de outro, os guerreiros do Bolsonaro. Todos dispostos a morrer por seus deuses políticos — ou pelo menos matar a conversa na ceia de Natal pelas divergências que podem criar até no seio de uma família. Falam como se não existisse mais ninguém com cérebro e CPF capaz de governar a nossa gente.


De um lado do ringue, Bolsonaro virou réu por um golpe que nem precisou de tanques, só de WhatsApp. Do outro, o PT protagoniza mais um escândalo clássico, onde os aposentados vinculados à Previdência Social foram assaltados e o ministro Lupi assistiu tudo do camarote, talvez comendo pipoca — paga com dinheiro público, é claro.


Enquanto isso, temos Polícia Federal, STF, Congresso e Executivo fazendo o quê? A depender do Poder: Ora apurando, ora empurrando com a barriga, ora sentando no colo da corrupção onde bilhões são desviados do já tão massacrado povo brasileiro. E o povo? O povo paga a conta, como sempre, com impostos até no suspiro que dá ao ver preço da cesta básica.


Vivemos como quem joga sinuca com os olhos vendados: entre a cruz, a espada sem salário que dê base a farmácia e supermercado, frustrados pelos boletos vencidos e não pagos. Sonhamos com picanha e cerveja prometida, ganhamos como prêmio de consolação o ovo de granja, e se ficar muito caro, o conselho é encher a barriga com promessas, abóboras. e ovo de Ema.. É fato que a inflação virou o bicho-papão que mora na nossa geladeira. Agora, querem nos iludir com mortadela — mas, se bobear, ela também vai virar artigo de luxo e figurar apenas em prateleira de rico.


E eu, aqui do meu canto, fico pensando: será que nossa história foi escrita por roteiristas de novela mexicana? Onde estão os heróis? Os mocinhos? Aqueles que vencem o mal no final e salvam a pátria com e fazem um discurso bonito oriundo de coração honesto?


Talvez eles tenham se perdido em Brasília, naquele labirinto onde a "mãe gentil" virou madrasta má. E ela não só castiga os filhos com fome, mas também mata de vergonha o cidadão honesto que compõe essa nação com valores diferentes da maioria dos seus representantes.