EM 2026, QUEM VALERÁ MAIS: O PÉ DE MEIA OU A MÃO DE SEDA?

A política brasileira se misturou de vez com as decisões de outros poderes e, impulsionada por resultados vistos como negativos por parte do eleitorado, abriu-se espaço para pedir solução até em outros planos, invocando extraterrestres para resolver os problemas que, aqui na Terra, parecem não ter solução.  Apesar da ideia bem-humorada, ela me pareceu, naquele momento, um reflexo de desilusão com o resultado da eleição de 2022. De lá para cá, o que se pode perceber é a total ideologização das decisões do Judiciário, que, fazendo às vezes do Congresso, tem peitado os outros poderes e decidido sobre tudo: do domínio de terras e reservas até quem é absolvido ou condenado no cenário brasileiro. E, nesse contexto, a corrupção vem ganhando força, tirando do jogo quem tem a vontade do povo como primeiro plano. Há gente condenada a 17 anos de prisão por atentado à democracia, sem individualização da investigação e imputação de responsabilidades comuns. Enquanto isso, outros são soltos e absolvidos por atos comprovados de corrupção com uma única justificativa – e não foi a de não ter roubado –, mas sim por falhas no processo de acusação.. No meio desse jogo sujo e de cartas marcadas, quem tem pago as jogadas erradas é o povo brasileiro, que continua empobrecido e roubado, ainda com grande parte desiludida, achando que, no ano que vem, as coisas vão melhorar. No sistema político brasileiro, sob o comando do "pai da pobreza", sobram bolsistas e faltam trabalhadores qualificados, como se espalhar a miséria fosse a melhor forma de se manter no poder, pela dependência de milhares de favelados que vivem à margem da sociedade.
No país da hipocrisia e da corrupção institucionalizada, o ladrão é livre, às vezes muito bem tratado e tem direitos diversos, enquanto o cidadão está preso dentro de casa, morrendo de fome vítima da inflação ou pela violência, sem direitos ou clemência do Estado brasileiro, que há tempos perdeu o poder de decisão para o crime organizado, hoje infiltrado nas diversas camadas sociais responsáveis pelas decisões em nossa nação.

Por Vicentinho Almeida