HUGO NA PRESIDÊNCIA: COMO AGRADAR OS DOIS LADOS E SER ANISTIADO DAS PRESSÕES DE LULISTAS E BOLSONARISTAS?

A parada é federal para o deputado Hugo Motta, eleito presidente por compromissos assumidos com bancadas radicalmente divergentes.
Prematuro na ascensão da política brasileira, o sertanejo da Paraíba tem um legado a defender e, para se manter bem na política nacional, não pode, nem de longe, pensar em se desviar do protagonismo construído à base da fidelidade e estabelecido pelos Mottas/Vanderleis, que sempre tiveram, por parte de aliados, o perfil de cumprir com o acordado, mas machucar e nem perder espaço..
O beijo de Lula na mão de Chica Motta e a atual situação da dividida política brasileira devem segurar o peso da caneta de Hugo Motta em relação à pretensão dos opositores de promover o impedimento do petista Lula da Silva. Mas e a anistia, que, segundo bolsonaristas, foi prometida para ser entregue aos condenados do 08/01 pelo STF?
Bom de articulação, o neto de Francisca Motta segue fazendo o que a política brasileira o ensinou: promete a Lula auxilio para a governabilidade e acena para Bolsonaro com a possibilidade de ser anistiado.
Em nível nacional, o jovem presidente, apesar de muito recente na poderosa cadeira, segue muito bem. Todavia, para as bandas da Paraíba, enquando Hugo se desvia de polêmicas e atritos no Estado, o deputado estadual Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, seu aliado, instiga, provoca e antecipa um acirramento em relação à futura chapa majoritária, destoando da harmonia do recente café tomado em Brasília por Hugo, João, Cícero e Aguinaldo no início da semana, na capital federal.
A que orientação Adriano está seguindo? A sua própria ou está dando um recado de um dos também poderosos aliados ainda as sombras das reais pretensões?
Nesse cenário de interrogações, uma única certeza temos: enquanto Hugo tem sido democrático em Brasília, há aliados aqui no Estado matando a democracia ao impor uma ditadura na cenario de escolha política da ainda para majoritária de 2026.
Por Vicentinho Almeida