O SISTEMA NÃO TEM PENA; TEM OBJETIVOS: CABEÇAS PODEM ROLAR!

Todos os ministros sabem, apesar de ainda não admitirem em público, que o ministro Alexandre de Moraes foi longe demais. A questão, antes resolvida apenas nos corredores de Brasília, ganhou uma proporção que fugiu totalmente ao controle da Suprema Corte e, pelo jeito, está se aproximando o momento em que o sistema deverá "rifar" cabeças.
Parece-me que ninguém contava com os vazamentos de ex-assessores do ministro do STF, muito menos com a eleição de Donald Trump para o cargo mais influente da nação mais poderosa do globo terrestre. O inquérito do golpe ficou, para alguns, muito mal explicado — dentro e fora dos autos —, até pelo sumiço de imagens e pela omissão do então ministro da Justiça, Flávio Dino, diante dos alertas sobre o possível acontecimento que se configurou na quebradeira de 8 de janeiro. Soma-se a isso a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que apresentou "mil e uma versões", tamanhos foram os pontos controversos.
Para arruinar ainda mais a situação, o presidente do Brasil, Lula da Silva, foi irônico e apresentou uma sugestão de alternativa ao dólar americano; apoiou Kamala Harris, candidata derrotada por Trump, e ligou-se ainda mais, umbilicalmente, a países historicamente adversos aos Estados Unidos, como Irã, Rússia, Venezuela, Cuba e a China de Xi Jinping, maior concorrente na política comercial dos Estados Unidos da América.
Como o que está ruim ainda pode piorar, o caldo engrossou ainda mais quando o Supremo Tribunal Federal bloqueou redes sociais de cidadãos americanos e multou o X e o Rumble — sendo este último empresa de Donald Trump. É de uma ingenuidade enorme pensar que os Estados Unidos não reagiriam, com ou sem atuação de bolsonaristas. Não sejamos ingênuos: o STF e o Planalto foram, para analistas isentos, os maiores causadores do tarifaço e da aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, pela atuação que, na visão de diversos observadores, ultrapassaram, e muito, os limites da suspeição.
O comércio e a indústria começam a sofrer com as novas tributações oriundas dos Estados Unidos. O sistema financeiro nacional não tem como se desviar da Magnitsky para não dar suporte a morte financeira de Alexandre de Moraes, podendo até colapsar. O Senado e a Câmara estão em ebulição e apreensivos com o aumento do apoio aos pedidos de impedimento de "Xandão".
Como se fará para equacionar esse problema tão grave, que saiu de trás das poltronas dos luxuosos gabinetes, ganhou as ruas e extrapolou as fronteiras brasileiras, trazendo consequências a toda a nação? Pelo jeito, só há, por enquanto, no atual cenário, um meio: o que o sistema sempre usa em momentos de grandes dificuldades — oferecer a cabeça, nem que seja de um figurão, para salvar a do "rei!"
Por Vicentinho Almeida