"QUAIS OS VICES DE CONVENIÊNCIA E DE CONFIANÇA DAS CIDADES DO VALE DO RIO DO PEIXE?

Meus amigos,
A política é muito dinâmica: junta antigos adversários e separa aliados, a depender do jogo de interesses e das estratégias estabelecidas para alcançar ou se manter no poder. Especificamente referindo-se aos municípios, prefeitos e vices também são resultado de alianças entre correntes de diversos partidos, seja pelo poder de aglutinação pessoal do vice cogitado ou até por um patrocínio do próprio candidato a prefeito, quando a situação é plenamente confortável no contexto eleitoral.
O fato é que, na minha visão — e acredito que muitos que analisam política concordam —, há vices de conveniência e vices de confiança ocupando os espaços no governo municipal. O vice de conveniência é aquela indicação de partidos que trabalham e projetam, como metas, alcançar espaços no poder municipal, condicionando o apoio à indicação, principalmente, para a majoritária municipal. Esse tipo de vice é aceito mediante a necessidade de aumentar a possibilidade de sucesso no pleito eleitoral.
Quanto ao vice de confiança, trata-se de uma escolha muito pessoal, principalmente por parte de quem já ocupa a condição de chefe do Executivo municipal e tem um controle quase total da situação eleitoral. Esse vice, geralmente, é encontrado em pequenos municípios, onde a influência do prefeito sobre o eleitorado é gigantesca, devido à aproximação que tem com a pequena comunidade local.
O administrador do município, em processo de reeleição e endossado nas urnas em diversas disputas, chega à privilegiada condição de eliminar quase totalmente os exércitos da oposição — seja pelos acordos realizados, seja pela ampla aceitação popular, que deixa os opositores sem discurso e sem base sequer para estabelecer críticas que tragam desgaste eleitoral ao condutor municipal.
No Vale do Rio do Peixe, há vices que são de conveniência — apenas uma junção de forças para tornar a eleição passada mais fácil — e os que são de confiança — resultado do desempenho próprio e, principalmente, da confiança do Chefe do Executivo municipal, como consequência da lealdade e do companheirismo manifestados nas estradas e nos caminhos que perfazem a política local.
E o seu vice, do seu município, é de conveniência ou de confiança? Se for de confiança, certamente — dependendo do andar da carruagem —, está a um passo de se tornar o futuro prefeito de sua cidade, por carregar mais confiança do que conveniência, menos ciúmes e mais reciprocidade por parte de quem conduz a máquina administrativa do seu município.
Por Vicentinho Almeida